quinta-feira, 22 de setembro de 2016

JOÃO DA CRUZ



FOTO: Arquivo Pessoal do pesquisador Romualdo Carneiro
JOÃO PORFÍRIOS, conhecido como Soldado João da Cruz, natural de Pau dos Ferros-RN, nascido em 6 de agosto de 1906, filho de não declarado e de Raimunda Maria da Conceição, conhecida pela alcunha de MARIA DA CONCEIÇÃO. Casado com ANTÔNIA DAMIÃO DA SILVA, conhecida por TONHEIRA, natural de Pau dos Ferros, nascida em 22 de setembro de 1914, filha de Salvino Simplício Damião e de Herculana Maria da Conceição. Desse consórcio nasceram os seguintes filhos:
1 – JUVENAL DAMIÃO DA CRUZ, nascido em 03 de maio de 1939;
2 – JOSÉ EUFLAZIO DA CRUZ, nascido em 15 de maio de 1941;
3 – JOÃO BOSCO DA CRUZ, nascido em 18 de maio de 1943 e faleceu em 14 de maio de 2000. Foi um dos melhores goleiros que passou pelo Baraúnas de Mossoró, nas temporadas de 1967, 1968 e 1969.
4 – SEBASTIÃO   DAMIÃO DA CRUZ, nascido20 de janeiro de 1950;
5 – MARIA DAS DORES, nascida em 20 de maio de 1945
6 – MARIA NOELIA DA CRUZ, nascida em 14 de janeiro de 1949
7 – MARIA DE FÁTIMA CRUZ , nascida em 16 de janeiro de 1952;
8 – MARIA INÊS DA CRUZ, nascida em 20 de abril de 1958; e
9 – SALVINO DAMIÃO NETO, nascido em 07 de novembro de 1955, grande goleiro. Começou sua carreira na equipe PAUFERRENSE, posteriormente jogou nas seguintes equipes: AMERICA-RN, FORTAEZA-CE, FERROVIÁRIO-CE, SANTA CRUZ-PE  e BOTAFOGO-PB. Atualmente exerce a profissão de treinador
João da Cruz, no ano de 1927 foi convocado pela Polícia Militar do Rio Grande do Norte para formar uma guarnição no sentido de combater o Bando de Lampião, cujo bando havia avisado que iria saquear o povoado de Vitória, atual cidade de Marcelino.
   A guarnição era comandada pelo Tenente Napoleão de Carvalho Agra que selecionou 15 homens, entre os selecionados estava o jovem JOAO DA CRUZ, com apenas 21 anos de idade. No dia 10 de junho de 1927, o Tenente Napoleão comandava 15  homens e no sítio Caiçara, na época encravado no município de Pau dos Ferros, hoje no de Marcelino Vieira, aonde se encontra construído o açude público do Junco, depararam-se com o mencionado bando, iniciando assim um grande tiroteio. OS CANGACEIROS LEVARAM VANTAGENS, ENQUANTO, OS SOLDADOS COMEÇARAM A SENTIR O FOGO POR UM DOS FLANCOS. Fuzilaram firmes, sem esmorecimento, quando acaba-se a munição, tendo o comandante determinado a retirada dos policiais, sendo que o soldado José de Matos gritado que morreria mas não de rendia, daí o soldado JOÃO CRUZ, tenta puxar o colega pela camisa no intuito de recuar. Nesse ínterim, Matos foi atingido com uma bala. Na mesma ocasião JOÃO DA CRUZA acerta um tiro de fuzil no cangaceiro conhecido pela alcunha de PRETO AZULÃO, cujo tiro varou o lado esquerdo do tórax. O Corpo de Azulão  foi enterrado no sítio Caiçara pelo irmão Serra D’Uma, na margem de um riacho.
   JOÃO DA CRUZ era considerado em Marcelino Vieira como repórter, tendo em vista que somente ele entendia as notícias veiculadas pelo rádio, assim sendo, era quem transmitia as principais notícias da época à população de Vitória.
     Logo após o tiroteio, a Polícia Militar tentou promover JOÃO CRUZ na graduação de Cabo, porém, o mesmo, talvez com medo dos bandidos de Lampião não aceitou, continuando sua vida normal, ou seja, a de agricultor

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